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UM MENDIGO, PODE AMAR O PERDIDO

 Amar o perdido deixa confundido
este coração. Nada pode o olvido
contra o apelo do Não.

(Carlos Drummond de Andrade) 

Esta frase está inscrita em um memorial (uma metálica), dentro da universidade PUC-Minas Gerais. Imagina, que Lugar!!: Logo na entrada de uma Biblioteca. Todas as vezes que eu passo por ali, paro leio, medito sobre o que ele quis dizer e o meu coração se enche de um sentimento “vazio de ação”, de incapaz de alcançar, de não estar fazendo muito, quase nada para aquele que Drummond chamou de perdido.
Não creio em um serviço sem devoção. Não acredito que um soldado possa estar a toa quando o inimigo está com as armas preparadas para saquear um indefeso. Eu acredito que as figuras de Atleta e de Soldado usadas pelo apostolo Paulo tinham um objetivo didático para o cristão comum. O cristão deve ser capaz de entender a voz de comando, tal qual o soldado diante da guerra com o fim de defender a sua pátria e anunciar que vencerá o inimigo pelas armas em sua posse. Posso arriscar em dizer que o pano de fundo das cartas de Paulo são missiológicas. É um apelo a fazer missões. É um apelo para alcançar o perdido, convence-lo que é pecador, leva-lo a Jesus Cristo para se tornar um próximo missionário.
Esta frase me instiga. Amar o Perdido. Ela é a máxima de Jesus também. Porém acho que existe uma distância entre o amor ao perdido, na época de Jesus, da época de Paulo e o da nossa época. Esta distância é real. Confundimos tudo. Hoje, ou melhor, atualmente é comum ver um amor de interesses. O amor de Jesus era altruísta, voltava-se ao benefício do “Outro”. Imagina, Jesus em um poço, meio dia, com fome. Ele não considera a sua fome como prioridade, mas faz daquela mulher a sua prioridade. Porque ela era a razão de ele ter vindo a terra. Leia Joao 4:4). Isso sim, é amar o perdido. Você seria capaz de parar para atender um mendigo em pleno horário do seu almoço? 
Amar o perdido deixa confundido este coração! Encontrei nesta frase de Drummond um estímulo a nunca mais parar de evangelizar, a máxima de fazer missões. Encontrei nesta frase o incomodo de não ficar um dia sequer sem compartilhar Cristo ao perdido, ainda que não haja “oportunidades” eu mesmo as faço surgir. Termino com a frase de Tio Pedro, líder de Impactos evangelísticos da Jocum Minas Gerais. Uma vez ele disse: Fazer missões é um serviço à pessoas. Se assemelha a “um mendigo mostrando ao outro mendigo onde encontrou pão”.  Todos somos “mendigos” que encontramos “O pão da vida”, a graça de Deus, Jesus Cristo e DEVEMOS procurar outros mendigos para mostra-los onde achamos “o pão” que nos saciou e fome de Deus.

 

Rogerio Tiago Miguel                                  
Missionário e Pastor da Igreja Evangélica
Batista em Belo Horizonte, Minas Gerais

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